O governador Wilson Lima acompanhou a retomada das aulas presenciais nas escolas da rede estadual nesta terça-feira (1º/06). Mais de três meses depois do início do ano letivo de 2021, os estudantes e professores voltam às salas de aula para o primeiro contato presencial do ano. Iniciadas em fevereiro, as aulas integralmente remotas estão sendo substituídas pela modalidade híbrida, que combina o ensino presencial com o on-line. São 228 mil alunos, em 150 unidades de ensino de Manaus.
Em visita à Escola Estadual Gabrielle Cogels, no Puraquequara, zona leste de Manaus, Wilson Lima destacou as escolas como ambientes seguros e a importância do ensino presencial. “Esse é o momento de a gente começar a trabalhar para recuperar aquilo que a gente perdeu nos últimos seis meses. Nós estávamos trabalhando com aula virtual, com o ‘Aula Em Casa’, mas temos um ganho com o diferencial da presença do professor aqui na sala de aula para poder tirar as dúvidas, reforçando o acompanhamento do aluno”, disse Wilson Lima.
Outras 74 escolas, que estão cedidas para os vestibulares de ampla concorrência e seriado da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), retornarão às atividades nesta quarta-feira (02/06). As escolas estaduais Cacilda Braule Pinto e Haydee Lira estão em obras e seguem com as atividades de maneira remota.
Wilson Lima destacou que a presença dos profissionais nas escolas acontece depois que eles foram priorizados no Plano Nacional de Imunização (PNI) e receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, iniciada em 19 de maio. A maior parte dos trabalhadores recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com estudos divulgados pela instituição, a primeira dose da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford já garante eficácia geral de 76%.
A professora de Língua Portuguesa, Karine Araújo, disse que com a vacina se sente segura para retornar à sala de aula e receber os alunos. “Quero agradecer ao Governo do Estado, primeiramente, porque poderia ter antecipado esse retorno, ter nos colocado em risco, mas ele aguardou que chegasse a nossa vez, o nosso grupo prioritário da educação, para que tomássemos a vacina e pudéssemos voltar com segurança, sem colocar as outras pessoas em risco também”, disse.
Para os alunos, nada substitui o convívio dentro da escola. “Eu acho importante o presencial porque a gente tem o dia a dia no colégio, e com essa pandemia, tudo isso que está dando, teve um impacto e causou muitos danos para os alunos. Muitos alunos não puderam acompanhar a rotina dos estudos, mas como voltaram agora às aulas presenciais, vai estar tudo amenizando”, disse Adriano de Andrade, aluno do 3º ano.
Ensino híbrido – As turmas foram divididas em dois grupos (A e B), que vão frequentar a escola em dias alternados. Quando um grupo estiver na unidade, o outro deverá estar em casa, acompanhando as transmissões do “Aula em Casa” ou dando continuidade às atividades remotas designadas pelas escolas. Os grupos serão definidos pela própria equipe escolar da unidade, que deverá informar os pais e/ou responsáveis.
Às sextas-feiras, não haverá aula nas escolas, sendo esse dia reservado para o Horário de Trabalho Pedagógico (HTP) dos professores. A decisão, no entanto, não implica que os estudantes não terão atividades pedagógicas para realizar em casa.
Protocolos – Assim como ocorreu no ano passado, alunos, professores e demais integrantes da equipe escolar devem estar atentos às orientações de segurança e prevenção à Covid-19. Todas as escolas estão sinalizadas com os cuidados pessoais e coletivos a serem adotados durante o período de convívio nas unidades escolares.
Além das sinalizações, as escolas estão adaptadas com pias próximo às entradas, dispondo de sabonete líquido, papel toalha e álcool em gel. Há ainda dispensadores de álcool e tapetes sanitizantes, que devem ser usados por todos. A temperatura corporal será aferida na entrada das escolas, e aqueles que apresentarem temperatura superior a 37,5º C serão orientados a retornar para casa e procurar atendimento médico.
O uso de máscaras no ambiente escolar é, novamente, obrigatório, assim como o distanciamento social e a higienização correta das mãos.