O WhatsApp pediu aos usuários que atualizem para seu aplicativo de mensagens depois de informar que eles podem estar sob risco de terem spywares maliciosos instalados em seus celulares sem seu conhecimento.
O WhatsApp informou o principal órgão regulador da empresa na União Europeia, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC), sobre uma “séria vulnerabilidade de segurança” em sua plataforma. O aplicativo é usado por 1,5 bilhão de pessoas por mês.
“A DPC entende que a vulnerabilidade pode ter permitido um agente malicioso instalar software não autorizado e obter acesso a dados pessoais em dispositivos que tenham o WhatsApp instalado”, disse o regulador em um comunicado.
“O WhatsApp ainda está investigando se algum dado de usuário do WhatsApp da UE foi afetado como resultado desse incidente”, disse a DPC, acrescentando que o WhatsApp informou sobre o incidente na segunda-feira.
Mais cedo, o Financial Times (FT) informou que uma vulnerabilidade no WhatsApp permitia que os invasores instalassem spyware nos telefones, ligando para alvos usando a função de chamada telefônica do aplicativo.
O Financial Times afirmou que o spyware foi desenvolvido pela empresa de vigilância cibernética israelense NSO Group e afeta tanto aparelhos Android quanto o iPhone. O FT disse que o WhatsApp ainda não poderia dar uma estimativa para o número de aparelhos que foram afetados.
Questionado sobre o relatório, a NSO disse que sua tecnologia é licenciada para agências governamentais autorizadas “com o único propósito de combater o crime e o terror”, e que não opera o sistema, tendo um processo rigoroso de licenciamento e verificação.
“Investigamos quaisquer alegações confiáveis de uso indevido e, se necessário, tomamos providências, incluindo o fechamento do sistema. Sob nenhuma circunstância, a NSO estaria envolvida na operação ou identificação de alvos de sua tecnologia, que é exclusivamente operada por agências de inteligência e policiais”, disse a empresa.
O WhatsApp informou o problema ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos na semana passada, disse o FT.