A Polícia Civil do Amazonas trouxe novos detalhes sobre os crimes cometidos por Asdrubal Alejandro Munoz Briceno, mais conhecido como “Veneca”, preso por sua participação na morte de um falso policial e no sequestro de uma mulher colombiana em Manaus. As investigações revelaram que “Veneca” integra uma facção criminosa liderada por um homem que atua no Rio de Janeiro.
De acordo com a delegada Marília Campello, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), “Veneca” foi responsável pela morte de um homem que se passava por policial. A vítima foi atraída até o bairro da União, onde foi torturada e executada em uma área de mata. O crime foi filmado pelos criminosos, que forçaram a vítima a falar sobre autoridades locais, em cumprimento a ordens de um líder da facção, sediado no Rio. A motivação para o assassinato teria sido uma negociação envolvendo 40 quilos de drogas, sendo que o grupo buscava descobrir a origem do entorpecente antes do pagamento.
Além disso, “Veneca” também foi identificado como o comandante do sequestro de uma mulher colombiana. A vítima, que trabalhava vendendo rifas, foi mantida em cativeiro por 48 horas na AM-010, após ser raptada no bairro União Vitória. Inicialmente, os criminosos exigiram R$ 200 mil de resgate, mas reduziram o valor para R$ 100 mil. Ela foi libertada após a intervenção policial.
Em dezembro de 2024, um casal foi preso por fornecer apoio logístico ao grupo de sequestradores. Durante o interrogatório, a vítima do sequestro afirmou que “Veneca” foi o mais violento entre os criminosos.
A delegada Marília Campello ressaltou que moradores da União Vitória vivem sob constante ameaça da facção, mas muitos têm receio de denunciar os criminosos devido à violência. Com a prisão de “Veneca”, a polícia espera que outras vítimas de sequestros-relâmpago e extorsões se sintam encorajadas a se manifestar. A investigação continua com o objetivo de desarticular a rede criminosa e localizar o líder da facção no Rio de Janeiro.
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