Foi adiada para a noite de sexta-feira (15) a partida do Recife da aeronave que vai buscar, na Índia, 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. O lote faz parte da importação solicitada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para adquirir o imunizante junto ao laboratório indiano Serum.
A Azul e o governo federal afirmaram que a mudança aconteceu devido a questões logísticas internacionais, mas não detalharam quais seriam.
O avião equipado com contêineres sai do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), na tarde desta quinta-feira (14), e vai pernoitar no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, na Zona Sul da cidade.
A aeronave da Azul Linhas Aéreas A330neo, a maior da empresa, vai seguir viagem para Mumbai às 23h da sexta-feira (15). A decolagem estava prevista para o mesmo horário nesta quinta-feira (14), segundo a companhia.
Segundo o Ministério da Saúde, a data de retorno do avião ao Brasil, com a carga de vacinas estimada em 15 toneladas, ainda está sendo avaliada “de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística”. A previsão inicial era de chegada ao país no sábado (16).
Do Recife até Mumbai serão 15 horas de voo, sem escalas, em um trajeto de 12 mil quilômetros. O imunizante ainda aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.
De acordo com o Ministério da Saúde, os contêineres vão garantir o controle de temperatura das doses, conforme as recomendações do fabricante.
O transporte das doses atende a uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que autoriza empresas aéreas a auxiliarem no transporte de vacinas contra o novo coronavírus. Segundo a Azul, a rota até a Índia é inédita para a companhia.
O Ministério da Saúde aguarda a resposta da Anvisa sobre o pedido de uso emergencial para iniciar a campanha de vacinação. Além da vacina de Oxford, outro imunizante contra a Covid-19, a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, também pediu a aprovação da agência para aplicação no Brasil.