A Polícia Civil do Espírito Santo identificou as três vítimas mortas por atirador de 16 anos que invadiu duas escolas no bairro Coqueiral, em Aracruz, no litoral norte, na manhã dessa sexta-feira (25/11). São as professoras Cybelle Passos Bezerra Lara, 45 anos; e Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48; e a estudante Selena Sagrillo Zucoloto, 12. O adolescente acabou apreendido horas depois do ataque.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu), Cybelle era professora de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti e servidora efetiva desde setembro de 2018.
Maria da Penha dava aula de artes e trabalhava na mesma escola, sob contrato de designação temporária, desde março deste ano, segundo informações do jornal Folha Vitória.
Elas estavam na sala dos professores durante o intervalo quando o adolescente invadiu o local e atirou.
Em seguida, o adolescente armado seguiu em direção à escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica a 700m do colégio público. Lá, ele começou a atirar pelos corredores e salas e atingiu a estudante Selena Sagrillo, aluna do sexto ano do ensino fundamental. Ela acabou morrendo.
As aulas foram suspensas em Aracruz.
Armas e símbolo nazista
O jovem responsável pelo ataque a duas escolas, no Espírito Santo, tem 16 anos e usou a arma do pai, um policial militar. Os detalhes do atentado que matou três pessoas, na manhã desta sexta-feira (25), foram confirmados pelos investigadores do caso em coletiva realizada à tarde.
O ataque contra duas escolas ocorreu em Aracruz. Foi com a arma do pai, uma pistola .40, que o adolescente abriu fogo nos dois centros de ensino. Ele também portava um revólver calibre .38 e usou o carro do pai para chegar e sair dos locais, sempre com a placa tampada.
Primeiro, o adolescente invadiu a EEFM Primo Bitti, da qual era aluno no turno vespertino até junho deste ano, e a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, antes conhecida como Colégio Darwin.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que o atirador entra em uma das escolas, com um brasão vermelho em um dos braços. O governador do estado, Renato Casagrande, confirmou se tratar de um símbolo nazista.
Três pessoas morrem e 11 ficam feridas durante atentado em escolas
O adolescente fazia tratamento psiquiátrico, mas não se sabe se usava medicamentos.
Ataque planejado
O atentado foi planejado por, pelo menos, dois anos. O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, Darey Arruda, afirmou que o suspeito não tinha alvo definido. “Essas pessoas costumam ficar isoladas e se juntar a grupos extremistas”, explicou.
Após o ataque, ele voltou para a casa, deixou o veículo e saiu. Ele foi encontrado em uma outra casa da família, no mesmo município. “Ele confessou o crime à Polícia Civil, mostrou as roupas, as armas e como tudo foi feito”, afirmou o superintendente João Francisco Filho.
Segundo as autoridades, o jovem ficou calmo durante todo o processo. Os pais, em contrapartida, “estavam destruídos” e colaboraram com a corporação.
Vítimas
Seis das 13 pessoas feridas seguiam hospitalizadas até o fim desta tarde, como informou a Secretaria de Saúde. Entre os feridos há duas crianças — uma delas internada em estado gravíssimo.