Com a meta de alcançar 90% das 65.037 crianças de 10 e 11 anos de idade, a Prefeitura de Manaus abriu, na manhã desta quinta-feira, 22/2, a vacinação contra a dengue na capital. A abertura oficial ocorreu na Unidade de Saúde da Família (USF) Parque das Tribos, na zona Oeste, que é referência para 34 mil usuários, incluindo os indígenas de 35 etnias que residem na região. No local, a primeira criança a receber uma dose da vacina Qdenga foi Anita, de 10 anos, que pertence à etnia Koripako, originária do Alto Rio Negro.
Anita foi à USF acompanhada da mãe, Sandra Rodrigues, que comemorou a imunização com a primeira vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) contra os sorotipos da dengue, doença que teve uma alta de notificações no país e que, em Manaus, soma 997 casos confirmados até o momento. Sandra garantiu seguir, sempre atenta, o calendário básico nacional, mantendo em dia a vacinação de Anita, e afirmando que com a dengue não seria diferente. “Ela toma todas as doses”, assegurou.
O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, destacou, durante o evento, a importância da vacina como mais uma estratégia para a prevenção da dengue e dos casos graves e óbitos pela doença. “Há muitos anos vinham sendo feitos estudos para o desenvolvimento de vacinas que fossem eficazes e agora temos à disposição, no sistema público brasileiro, um imunizante com grau elevado de eficácia e isso precisa ser valorizado como uma grande conquista para todos”.
Djalma destacou que a vacina, sozinha, não muda o cenário de risco para dengue e que seus resultados serão vistos apenas em médio e longo prazos, quando um percentual alto da população, em todas as faixas etárias, estiver imunizado. Ele pediu que pais e responsáveis levem os filhos de 10 e 11 anos aos pontos de vacinação o quanto antes e que as famílias, de modo geral, estejam engajadas no monitoramento dos seus territórios, evitando o acúmulo de água parada, propícia à reprodução do Aedes aegypti.
“A maioria dos criadouros está nos recipientes que as pessoas descartam em suas casas, quintais e entorno, por isso é fundamental que cada cidadão faça a sua parte, evitando o descarte incorreto”.
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