Nesta semana, uma onda de reclamações tomou conta do Instagram devido às contas vinculadas ao “Fortuner Tiger”, conhecido popularmente como “jogo do tigre” ou “jogo do tigrinho”. Perfis misteriosos têm seguido usuários e marcado pessoas em publicações sem consentimento, gerando frustração e questionamentos sobre a origem e a legalidade dessas práticas.
As contas envolvidas apresentam características peculiares: nomes compostos por números e códigos, fotos de tigres como avatar e, em muitos casos, são privadas, sem qualquer conteúdo visível. A estratégia desses perfis é atrair seguidores oferecendo bônus financeiros supostamente fáceis de obter, uma tática que tem despertado desconfiança e críticas severas.
Nas redes sociais, especialmente no antigo X (anteriormente conhecido como Twitter), as queixas se multiplicaram. Usuários têm expressado sua indignação com a invasão de suas contas no Instagram por esses perfis. “Abri o Instagram e um monte de conta do tigrinho começou a me seguir”, relatou uma internauta. Outro usuário desabafou: “Não aguento mais o perfil de jogo do tigrinho me seguindo no Instagram”.
O “jogo do tigre” é um cassino online que ganhou popularidade recentemente, prometendo ganhos substanciais ao jogador que conseguir alinhar três figuras idênticas na diagonal. Com influenciadores digitais recomendando-o como uma fonte de renda extra e ensinando técnicas duvidosas para melhorar os resultados, a plataforma se tornou controversa no Brasil devido à sua natureza de jogo de azar, considerada ilegal segundo a legislação vigente.
A empresa controladora do Instagram, Meta, responsável por aplicativos como Facebook e Instagram, reagiu às críticas, destacando seu compromisso em combater o spam e proteger a experiência dos usuários. Em comunicado ao Metrópoles, a Meta afirmou que está trabalhando para limitar a disseminação dessas práticas enganosas, que comprometem a autenticidade das interações na plataforma.
Segundo as diretrizes do Instagram, contas que promovem jogos de azar online devem obter autorização prévia da plataforma e estão restritas a usuários maiores de 18 anos. A Meta encoraja os usuários a denunciarem perfis que violem essas políticas, oferecendo orientações claras sobre como identificar e remover seguidores indesejados.
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