A secretária municipal da Saúde da cidade de Araraquara (SP), Eliana Honain, descartou oficialmente nessa terça-feira (16), que a nova variante do coronavírus que circula na cidade tenha sido levada por um grupo de turista de Manaus.
Segundo ela, após um processo investigativo que contou com a participação de infectologista, chegou-se a conclusão de que é impossível o grupo ter transportado a cepa porque deixaram Manaus ainda em dezembro e só chegaram a Araraquara 15 dias depois, ou seja, já estariam fora do período de transmissão:
“Fizemos todas as investigações, inclusive discutimos isso com infectologistas. Após avaliação minuciosa da doutora Ho Yeh Li (médica que coordenou a busca dos brasileiros que estavam na China, no início da pandemia), ela disse que não tem nada a ver com a van, porque eles saíram de Manaus em 26 de dezembro e chegaram aqui dia 11 de janeiro, então, não ficariam todo esse período contaminados”, detalha.
Os 10 turistas, viajavam em uma van particular e passaram por vários estados até chegar a Araraquara. Lá, uma mulher de 55 anos que estava entre eles começou a apresentar sintomas de covid-19 e testou positivo para a doença.
No mesmo dia todos os viajantes foram testados e sete deles tiveram diagnóstico positivo, inclusive duas crianças de 3 e 8 anos. Eles foram atendidos em um hospital de campanha, mas o caso da primeira mulher se agravou e ela chegou a ficar internada em estado grave por dias na UTI do Hospital Santa Casa. Os manauaras só puderam retornar para casa dia 22 de janeiro.
Autoridades de Araraquara estão em alerta desde que 12 casos da nova variante foram confirmados na cidade. Elas ainda buscam a origem da contaminação.