O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (15) emergência nacional para financiar o muro na fronteira com o México. No jardim da Casa Branca, ele disse que assinará a declaração ainda nesta sexta.
Na noite de quinta, o Congresso dos EUA aprovou um projeto de lei de orçamentos que, se ratificado por Trump, evita uma nova paralisação parcial do governo. O presidente queria incluir US$ 5,7 bilhões para a construção do muro fronteiriço na lei, mas os democratas, que têm maioria na Câmara dos Deputados, se recusaram, fazendo o mandatário optar pela declaração de emergência.
Na prática, a declaração dá a Trump a permissão para usar fundos federais sem aprovação do Congresso.
“Todo mundo sabe que muros funcionam”, disse Trump, que justificou a medida dizendo que há “tremendas” quantidades de drogas entrando nos EUA pela fronteira com o México. Ele também levou familiares de pessoas que foram mortas por imigrantes para a plateia de seu discurso.
Trump apontou que muros que já existem em locais como El Paso, no Texas, funcionam, mas que criminosos acabam dando a volta nesses muros, por isso é necessário fazer uma barreira maior.
A líder da oposição e presidente da Câmara, Nancy Pelosi, já antes de Trump concretizar a medida, negou que haja uma emergência na fronteira sul dos EUA e afirmou que tomará medidas judiciais para reverter a decisão de Trump.
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que apoiará a emergência de Trump. No início deste mês ele alertou Trump dizendo que declarar uma emergência poderia dividir os republicanos do Senado, noticiou o Washington Post.