Depois de quase quatro décadas, encerra-se o período das transferências por meio de DOC e TEC.
A partir de 15 de janeiro, a realização de operações com o Documento de Ordem de Crédito ou a Transferência Especial de Crédito foi interrompida. O agendamento dessas transferências pôde ser feito até esta quinta-feira (29), quando os bancos encerrarão definitivamente o processamento dessas transações.
O anúncio do término ocorreu em maio do ano passado, quando a Febraban comunicou que a extinção das duas modalidades se daria devido à redução na utilização e ao menor custo para os clientes. Em média, as transferências via DOC custavam R$ 10,08, além de não serem instantâneas.
Enquanto isso, de acordo com a Febraban, sistemas como Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Pix oferecem maior agilidade e praticidade.
Um levantamento da entidade, com base em dados do Banco Central (BC), revela que, em 2022, foram efetuadas 59 milhões de transações por meio do DOC, representando apenas 3,7% do total registrado no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Essas transferências ficaram atrás até mesmo dos cheques, utilizados em 202,8 milhões de operações.
Naquele ano, as transações via Pix por dia superaram em número as realizadas via DOC durante todo o ano. De acordo com dados da Febraban, em média, foram efetuadas 66 milhões de operações diárias com o sistema de pagamento instantâneo.
Em 2022, o Pix foi a forma de pagamento mais adotada no país, totalizando 24 bilhões de transações.
“Com o advento do Pix e a alta movimentação bancária com custos mais baixos, tanto a TEC quanto o DOC deixaram de ser a escolha principal dos clientes, que passaram a preferir o Pix, por ser gratuito e instantâneo”, afirmou, em comunicado, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, quando do anúncio do término do DOC.
“A Febraban e as instituições financeiras estão constantemente avaliando a modernização e atualização de todos os meios de pagamento utilizados no país, visando aprimorar a conveniência para os clientes.”
Mesmo antes de completar um ano de existência, o BC informou que o Pix já ultrapassava em uso o DOC, TED e boletos para pagamentos, movimentando mais de 1 bilhão de operações e R$ 787,2 bilhões até março de 2021.
Em 2023, as movimentações via Pix totalizaram R$ 17,2 trilhões, estabelecendo um novo recorde, conforme dados do BC.
O volume financeiro das transações via essa plataforma digital aumentou 57,8% em relação a 2022, quando atingiu R$ 10,9 trilhões, mais que dobrando em comparação a 2021.
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