Na tarde desta segunda-feira, um desdobramento surpreendente da Operação Ataúde 2 chocou a cidade de Sepetiba, no Rio de Janeiro, com a prisão de dois traficantes suspeitos de utilizar carros funerários e até caixões para o transporte de entorpecentes, visando despistar as autoridades em possíveis abordagens.
A ação conjunta envolvendo as polícias Federal, Civil e Militar resultou na detenção de Alexsandro Lopes da Silva Junior, conhecido como “Bocão”, de 26 anos, e Simão Timóteo de Oliveira, de 28. Ambos estavam escondidos na residência de um homem foragido, o segundo na hierarquia de uma facção criminosa que opera em diferentes estados do país.
A Operação Ataúde 2, deflagrada em setembro do ano passado, tinha como objetivo desarticular quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas em Governador Valadares (MG). Durante as investigações, órgãos de controle financeiro identificaram movimentações suspeitas que totalizavam mais de R$ 350 milhões.
Além dos traficantes, Jamile Kesia Oliveira Rodrigues, de 36 anos, também foi presa durante a operação. De acordo com a Polícia Federal, o grupo investigado alimentava diversas quadrilhas em vários estados, sendo responsável pelo envio de aproximadamente 150kg de drogas para cidades mineiras.
A liderança criminosa, atualmente cumprindo pena, controla as atividades de tráfico de dentro do presídio e foi condenada recentemente a 26 anos de prisão por homicídio.
O homem que abrigava os foragidos estava sendo procurado desde 2021, quando não retornou de uma saída temporária. Sua condenação abrange crimes contra a vida e tráfico de drogas. Ele é apontado como o responsável pelo “toque de recolher” imposto no bairro Santa Helena, em Valadares, no último dia 15 de janeiro, utilizando contato telefônico e mensagens para gerar temor entre os moradores.
Os presos foram encaminhados à delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário.
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