O torcedor do Corinthians que comprou e levou uma cabeça de porco à Neo Química Arena durante o clássico contra o Palmeiras, na última segunda-feira, se apresentou à Polícia Civil nesta quarta-feira. Osni Fernando Luiz, envolvido na polêmica, prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) em São Paulo. Ele foi liberado após assinar um termo, mas a investigação continua para esclarecer o incidente.
Imagens circulando nas redes sociais mostram Osni com a cabeça de porco, o que gerou indignação entre os torcedores e grande repercussão na mídia esportiva. No depoimento, Osni admitiu que comprou a cabeça de porco, mas negou responsabilidade direta pelo lançamento do objeto no gramado. Segundo ele, a intenção era apenas fazer uma “provocação sadia”, e ele não imaginava que a situação tomaria essa proporção.
“Nós pensamos: vamos para a frente da arena, no estacionamento, tiramos algumas fotos com a cabeça de porco. Eu comprei a cabeça no Mercadão da Lapa, paguei por ela,” contou o torcedor, acrescentando que sua intenção inicial era realizar uma provocação inofensiva. Em um momento de embriaguez, Osni afirmou que “arremessou a cabeça em um canto do estádio”, acreditando que alguém talvez a encontrasse e fizesse uma brincadeira, ou até que o objeto seria descartado antes de causar repercussão.
Sobre a polêmica, Osni Fernando justificou a provocação, relembrando um período em que considerava o futebol mais espontâneo e descontraído. “A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco em ninguém. O futebol tem que parar com isso. O futebol raiz tem que viver”, argumentou ele, referindo-se ao ambiente de rivalidade presente em jogos antigos, quando, segundo ele, “nos anos 1990, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro”.
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