O temido criminoso Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, foi sentenciado a 36 anos de prisão por mandar matar uma mulher no bairro Novo Aleixo, zona Norte de Manaus. O julgamento, que rolou na quarta-feira (09), mostrou que Adriana Monteiro da Cruz, a vítima, foi executada em 2017 – mas morreu no lugar da irmã, que era o alvo real.
Na noite de 8 de julho de 2017, por volta das 21h45, Adriana foi cercada por pistoleiros numa rua do conjunto Amazonino Mendes e foi atingida por vários tiros. A investigação da polícia mostrou que os assassinos erraram o alvo: queriam matar a irmã dela, mas Adriana pagou com a vida.
Três outros acusados de participar do crime morreram durante o processo – um deles, provavelmente, pelas mãos de rivais. Já o “Tio Patinhas”, que já estava preso por outros crimes, negou até o fim que foi o mandante.
No tribunal, os promotores mostraram provas de que “Tio Patinhas” comandava uma organização criminosa e ordenou o assassinato por motivos torpes (no caso, vingança). Os jurados, depois de ouvir testemunhas e as alegações da defesa, o declararam culpado.
A pena é de 36 anos, 6 meses e 6 dias de prisão, em regime fechado. E o juiz ainda mandou que ele comece a cumprir a sentença logo, sem direito a recorrer em liberdade.
Quem era “Tio Patinhas”?

Apelido irônico para um criminoso pesado, Clemilson já tinha ficha cheia na polícia. Dessa vez, porém, a justiça fez valer a lei. O caso também revela como crimes encomendados na capital amazonense muitas vezes atingem inocentes – como Adriana, que deixou família e amigos de luto.
Enquanto “Tio Patinhas” vai apelar da prisão, a família da vítima tenta seguir em frente, sabendo que, pelo menos, um dos responsáveis pela tragédia foi pego.
Comentários sobre este post