A Polícia Federal deflagrou, nessa terça-feira (13), em Manaus (AM) e Porto Velho (RO) a segunda fase da operação Greenwashing, visando suspeitos de uma organização criminosa envolvida na venda ilegal de créditos de carbono, estimados em cerca de R$ 180 milhões, relacionados a áreas da União invadidas.
A nova etapa da operação se concentra em indivíduos que, após a primeira fase, deflagrada em junho, tentaram esconder seus bens da Justiça por meio de lavagem de dinheiro. Os suspeitos haviam adquirido apartamentos no valor de R$ 15 milhões e, após o início da primeira fase da operação, solicitaram a rescisão dos contratos para movimentar depósitos em contas de terceiros.
A nova fase busca descobrir novos elementos e transações ocultas relacionadas aos crimes investigados. Os nomes dos alvos não foram divulgados.
Na primeira fase, a 7ª Vara Federal do Amazonas havia determinado o sequestro de R$ 1,6 bilhão do grupo. O esquema criminoso, que começou em Lábrea, no interior do Amazonas, e se estendeu por mais de uma década, envolvia a duplicação e falsificação de títulos de propriedade, resultando na apropriação ilegal de 538 mil hectares de terras públicas. A organização também causou um dano ambiental de R$ 606 milhões com a extração de madeira e adquiriu aproximadamente R$ 820 milhões em terras ocupadas ilegalmente.
Os créditos de carbono, um mecanismo para compensar emissões de gases de efeito estufa, foram vendidos ilegalmente pelo grupo. Cada crédito de carbono representa a redução de uma tonelada de CO2 ou equivalente em outros gases.
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