Na Bahia, o delegado Robervaldo Davino, titular da Delegacia dos Crimes Ambientais e Proteção Animal, concluiu um inquérito que resultou no indiciamento do síndico e do zelador de um condomínio localizado no bairro Cruz das Almas. Ambos são acusados de maus-tratos a um animal, no caso, uma cadela chamada Mallu. O incidente, que ocorreu em 13 de agosto, ganhou notoriedade após ser presenciado por uma advogada residente do condomínio.
A cadela Mallu, que era um animal de rua, havia sido acolhida pelos moradores do condomínio, que a alimentavam regularmente há cerca de quatro meses. No entanto, essa situação não agradou ao síndico, que aparentemente tomou a decisão de retirar a cadela do local de forma brutal. De acordo com as investigações, a cadela foi jogada dentro de uma lixeira e um caixote plástico foi colocado sobre ela, impedindo qualquer tentativa de fuga.
O ato foi flagrado por uma moradora que, horrorizada com a cena, acionou as autoridades competentes. O vídeo da cadela sendo colocada na lixeira rapidamente se espalhou, gerando indignação na comunidade e chamando a atenção das autoridades.
Durante o inquérito, o zelador alegou que apenas cumpria ordens do síndico, mas este negou ter dado qualquer instrução para que a cadela fosse retirada de maneira violenta. O regimento interno do condomínio proíbe explicitamente que moradores alimentem animais de rua, mas essa regra foi contestada por testemunhas que afirmaram que o tratamento dado a Mallu foi desproporcional e cruel.
As testemunhas entrevistadas no decorrer da investigação confirmaram os maus-tratos, enfatizando que a cadela não apresentava qualquer comportamento agressivo e que sua presença não gerava incômodos. Muitas pessoas se mostraram solidárias a Mallu, o que levanta questões sobre a responsabilidade social e a ética em relação aos animais em situação de rua.
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