O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Derivados do Estado do Amazonas (Sindipetro) entrou com uma ação civil pública contra o grupo Atem, na quarta-feira (8), responsável pela gestão da Refinaria da Amazônia (Ream), devido à falta de divulgação de informações obrigatórias sobre a produção de combustíveis. Paralelamente, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) também abriu autos de infração sobre o caso, os quais ainda estão em tramitação.
Conforme o sindicato, a empresa enviou com atraso à agência os relatórios referentes aos meses de junho a dezembro de 2023 e ainda não forneceu os dados relativos a janeiro a março de 2024.
Para o Sindipetro esse cenário levanta dúvidas sobre a continuidade das atividades de refino na unidade, bem como traz incertezas quanto ao abastecimento local e riscos de desabastecimento. A defesa do sindicato suspeita de que a refinaria tenha interrompido suas operações de processamento e atualmente atue apenas como uma estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados.
A ANP já abriu pelo menos dois processos internos relacionados ao caso, em julho e outubro de 2023. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a ANP informou ao Sindipetro-AM que não realizou fiscalizações presenciais na Reman durante o período de setembro a dezembro de 2023.
A Ream é a antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), que foi vendida no processo de desinvestimento da Petrobras e adquirida pela Atem.
A reportagem do Portal AM Post procurou a assessoria da Atem para solicitar esclarecimentos sobre o assunto e aguarda o posicionamento.
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