Manaus amanheceu, neste sábado (9), com a qualidade do ar em níveis considerados “muito ruins” pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva). A situação atinge principalmente as zonas sul e centro-sul da capital amazonense, com bairros como Parque 10 de Novembro, Chapada, Cachoeirinha, Distrito Industrial, Compensa, Morro da Liberdade e Aparecida em estado de alerta.
De acordo com o monitoramento do Selva, a poluição do ar nas regiões afetadas registrou níveis de 85.3 PM2.5 (µg/m³), bem acima do considerado saudável. Segundo os padrões estabelecidos para a qualidade do ar, os índices de partículas finas (PM2.5) devem ficar entre 0 e 25 µg/m³ para serem classificados como “bons”. Partículas PM2.5 são especialmente prejudiciais à saúde, pois conseguem penetrar profundamente nos pulmões e até mesmo na corrente sanguínea, sendo associadas a problemas respiratórios e cardiovasculares.
A principal causa para o aumento da poluição do ar em Manaus é a intensa fumaça originada das queimadas na região do Baixo Amazonas e na Calha do Tapajós, no oeste do Pará. Durante essa época do ano, o desmatamento e as queimadas nas áreas de floresta aumentam, contribuindo para a dispersão de grandes quantidades de poluentes atmosféricos sobre várias cidades da região Norte.
Esse cenário de qualidade do ar “muito ruim” representa um risco especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias, como asma e bronquite. As autoridades recomendam que a população evite atividades físicas ao ar livre, principalmente nos horários de maior concentração de poluentes. O uso de máscaras PFF2 ou N95 também pode ajudar a filtrar partículas finas e proteger o sistema respiratório em locais com pior qualidade do ar.
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