Iniciando os trabalhos de pesquisa de satisfação da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) com a merenda escolar preparada, o secretário de Estado, Luiz Castro, fez uma visita surpresa ao CETI Áurea Braga, localizado na Compensa, zona oeste de Manaus. Durante a manhã desta quarta-feira (20/03), a equipe conversou com estudantes, professores e gestora da escola.
Os levantamentos realizados em 2018 pela equipe técnica apontaram índices de insatisfação de até 91% com os serviços prestados anteriormente e que foram suspensos judicialmente. Para analisar a qualidade do novo serviço, a Seduc-AM irá fazer avaliações periódicas acompanhadas de vistorias “surpresa”, como a desta quarta-feira.
A escola atende 920 alunos e segundo a gestora Eliana Nascimento, a péssima qualidade do serviço anterior refletia no dia a dia dos estudantes. “Até ano passado cerca de 200 alunos não almoçavam mesmo. As queixas eram recorrentes e eles nem vinham mais para o refeitório. Hoje as mesas estão todas lotadas, as filas são grandes e todos concordam que melhorou”, afirma.
As grandes filas presenciadas pela equipe da Secretaria no horário do almoço hoje atestaram a qualidade da nova merenda oferecida. Em conversas com os alunos, o secretário Luiz Castro ouviu elogios ao cardápio e ampla oferta de frutas nas refeições oferecidas na escola. “A minha preocupação é manter essa qualidade e vamos cobrar e acompanhar periodicamente para que não haja queda na qualidade”, ressaltou.
Contratos emergenciais – Os novos serviços de alimentação fazem parte dos contratos firmados em caráter emergencial pela atual gestão no início do ano. Segundo Castro, as contratações emergenciais tiveram como objetivo regularizar a prestação de serviços, suspensos por determinação judicial.
“Os contratos estavam suspensos após constatarmos que o serviço prestado nos últimos anos estava aquém da qualidade mínima exigida, não só pelo Conselho de Alimentação Escolar da Seduc, mais também pelas referências nutricionais do Programa de Alimentação Escolar (PNAE)”, afirmou Castro.
A má qualidade dos serviços de alimentação oferecidos para as escolas foi comprovada pelas pesquisas de satisfação e relatórios técnicos nutricionais. “Queremos conversar com a gestão e os alunos em horário regular, sem que haja algum preparo ou nada disso. Nosso objetivo é ver a realidade das escolas para compreendermos o que precisa ser melhorado e atuar de forma assertiva”, concluiu.