A Santa Casa de Misericórdia, extinto hospital da cidade, localizado no Centro da capital foi arrematado por R$ 9 milhões e 300 mil pelo Centro Universitário Fametro (Ceuni Fametro), no leilão realizado na manhã desta quinta-feira (21), no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). A ação é resultante de ação do Município de Manaus para execução fiscal de divida ativa. A proposta incial do instituição de ensino superior é transformar o local em um hospital universitário.
O preço inicial do leilão era de 15 milhões, como não houve interesse dos compradores, o leiloeiro começou a segunda sessão com o valor mínimo de aproximadamente 8 milhões. De acordo com Thiago Queiroz de Oliveira, o advogado representante da Santa Casa, esse valor será para pagar as dívidas.
A instituição compradora já afirmou que transformará o local em um hospital universitário. “Nós queremos aproveitar a estrutura e a função social da casa, já tínhamos interesse em fazer um hospital, se não fosse na Santa Casa, seria em outro lugar. Vamos manter a proposta de hospital, analisar a estrutura e atender a sociedade”, disse o assessor jurídico da instituição, presente ao leilão, Pantoja Júnior.
O prédio da Santa Casa de Misericórdia é localizado em área tombada tanto pelo Município de Manaus quanto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prédio totaliza 8.982,36 m² (onde se localizam as dependências da Santa Casa).
Atualmente o hospital está fechado e serve de casa para moradores de rua e usuários de drogas. Como praticamente não existe mais telhado, as chuvas castigam cada vez mais as dependências e, por isso, há muitas salas com água parada, o que faz do local um ambiente insalubre.
“Sabemos que ela é patrimônio tombado pelo Iphan e pelo município de Manaus. Vamos manter a estrutura original da Santa Casa, mas, é claro, faremos reparos. Vamos devolver este valor que a Santa Casa representa para a população manaura. Um hospital universitário está no nosso radar”, afirma Antônio Lúcio, assessor jurídico do Ceuni Fametro. As informações são do site acrítica.