O rio Negro emitiu nesta sexta-feira (27) o primeiro sinal de encerramento da vazante histórica registrada neste ano. Segundo a medição das últimas 24 horas da régua de monitoramento das águas do Porto de Manaus, a cota de hoje repetiu a marca de ontem, registrando 12,70 metros. Isso significa que o movimento de vazante parou, após 11 dias de ultrapassar a maior vazante de todos os tempos, que foi de 13,63 metros, registrada em 24 de outubro de 2010.
Com a estabilização da cota do rio Negro em 12,70 metros, há a possibilidade de que a vazante deste ano tenha fechado com uma marca 93 centímetros abaixo da seca histórica de 2010. No entanto, ainda existe a chance de que ocorra um fenômeno chamado de repiquete, que acontece durante mudanças bruscas de água, tanto em períodos de vazantes quanto de cheias. Caso isso ocorra, a cota do rio pode descer ainda mais.
A medição da cota do rio Negro é de extrema importância para monitorar as condições hidrológicas da região, principalmente na cidade de Manaus. Essas informações são cruciais para auxiliar no planejamento de ações e medidas de prevenção em casos de cheias ou estiagens, impactando diretamente a vida das pessoas que vivem às margens do rio.
A vazante histórica do rio Negro deste ano teve um impacto significativo no ecossistema e nas comunidades ribeirinhas da região. A redução do nível das águas afeta a pesca, atividade essencial para a subsistência dessas comunidades, além de alterar os habitats e a reprodução de diversas espécies de fauna e flora que dependem do rio Negro.
A ocorrência de fenômenos como a vazante histórica do rio Negro é um sinal claro das mudanças climáticas que estamos enfrentando atualmente. É essencial que medidas de prevenção e monitoramento sejam adotadas para lidar com esses eventos extremos. Além disso, é importante investir em políticas de conservação e preservação ambiental, visando a mitigação dos impactos das mudanças climáticas e a garantia da sustentabilidade das comunidades que dependem dos recursos naturais da região.
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