O treinador amazonense de jiu-jitsu Alcenor Alves, preso durante um evento esportivo em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, no último sábado (23), tinha o plano de fugir para Dubai, segundo o delegado-geral Ulisses Gabriel. O renomado professor, de 56 anos, é suspeito de estupro de vulnerável e exploração sexual.
Alcenor participava de uma competição como treinador de crianças e adolescentes no momento em que foi preso. Conforme a Polícia Civil, havia um mandado de prisão temporária por 30 dias expedido contra ele pela Justiça do Amazonas na última sexta-feira (22).
Por meio de uma nota, a escola de jiu-jitsu em que o treinador atuava lamentou o caso e afirmou que aguarda o desenrolar da Justiça e que não compactua com os fatos se forem confirmados.
Segundo o pedido de prisão contra Alcenor Alves, o amazonense teria se aproveitado de sua posição como professor de jiu-jitsu para abusar de crianças e adolescentes desde 2014, “havendo possibilidade de tais crimes estarem sendo perpetrados ainda atualmente”.
O documento ainda revela que a prisão foi solicitada por conta da “iminente possibilidade de fuga do representado e o risco à obtenção da prova e coação das vítimas”.
Confira a nota da escola de jiu-jitsu na íntegra:
“Diante das notícias e dos últimos acontecimentos que envolveram o nosso diretor técnico de alto rendimento Alcenor Alves e da nossa escola, viemos ao público e a comunidade do JIU-JITSU informar que estamos no mercado desde 03/2017 e sempre pautamos pelos pilares e princípios do jiu-jitsu, a nossa escola é referência no ensino da formação de campeões, hoje a escola conta com um corpo de 6 (seis) professores graduados entre a faixa marrom e preta que trabalham diariamente no ensino do jiu- jitsu e nunca fomos alvo de denúncias sobre qualquer fato que venham denegrir ou ameaçar a integridade das pessoas. Somos uma escola em pleno crescimento no esporte que preza inclusive a integração das famílias diariamente próximo ao nosso tatame.
Lamentamos profundamente o ocorrido, estamos aguardando o desenrolar da justiça para que caso seja confirmado as denúncias o responsável que praticou os crimes seja punido no rigor da lei.”
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