O rapper britânico 21 Savage ficou em liberdade sob fiança nesta terça-feira (12), nove dias depois de sua detenção pela polícia migratória dos Estados Unidos, gerando protestos.
“Hoje, 21 Savage teve concedida a liberdade sob fiança, recuperou sua liberdade”, disseram seus advogados, Charles Kuck, Dina LaPolt e Alex Spiro em um comunicado.
Os letrados não especificaram imediatamente se o rapper de 26 anos, cujo nome de batismo é Sha Yaa Bin Abraham Joseph e pai de três crianças americanas, ainda pode ser expulso dos Estados Unidos, nem quando devia comparecer à Justiça ou à Polícia Migratória (ICE).
Em 3 de fevereiro, o rapper foi preso na área de Atlanta por residir de forma ilegal nos Estados Unidos.
Seus advogados também enviaram uma mensagem de agradecimento aos seus fãs: embora não tenha podido ir à cerimônia do Grammy em Los Angeles no domingo, 21 Savage “estava pensando neles e está agradecido pelo apoio de todos”.
O rapper, cujo último álbum “I Am>I Was” esteve no início de janeiro no topo das vendas nos Estados Unidos, estava indicado para esse Grammy. Seus fãs lamentaram sua ausência na cerimônia, apesar de não ter recebido nenhum prêmio.
Uma petição lançada depois de sua prisão para exigir a sua libertação foi assinada por mais de 460 mil pessoas.
Apoio de famosos
Muitas celebridades aderiram a esse chamado, entre elas músicos como Kendrick Lamar, Post Malone e Jay-Z, além de figuras políticas como a jovem estrela democrata do Congresso, Alexandria Ocasio-Cortez.
Pouco antes do anúncio de sua libertação, um vídeo em seu apoio do qual participaram Kendrick Lamar, Post Malone, SSZA e DJ Khaled, entre outros, foi publicado no site Mic.
Muitos fãs de 21 Savage descobriram com sua detenção que ele não era americano, mas britânico, embora viva em Atlanta desde a infância.
Seus advogados explicaram que havia estado em situação irregular desde a expiração de seu visto, em 2006, quando ainda era menor de idade, uma situação comparável à dos 1,8 milhão de jovens que chegaram aos Estados Unidos quando menores e ainda indocumentados quando adultos.