Sabe quando o dia amanhece cinza, o ar pesado, desconfortável e, em alguns casos, provocando até tosse? Esse é o cenário da cidade de Manaus em um dia coberto por fumaça. A fumaça proveniente das queimadas se espalha pelas ruas, entra nas casas e afeta o seu pulmão, causando riscos à saúde.
O cenário é triste e se repete todos os anos. Os meses de agosto e setembro, por serem os mais quentes, são os que mais registram focos de queimadas. Só este ano, o Amazonas já contabiliza mais de 5 mil focos de queimadas – uma alta de 52,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dentro do período de 1º de janeiro a 1º de julho. Além da vegetação em chamas, há grave perda da biodiversidade e suas espécies.
As Unidades Básicas de Saúde concentram neste período alta no recebimento de pacientes com queixas respiratórias. Crianças e idosos são os mais afetados. Vale lembrar que por conta da pandemia, o número de pessoas que desenvolveram problemas respiratórios após serem diagnosticadas com o coronavírus cresceu. Logo, a prática de queimadas afeta gravemente um número ainda maior de pessoas.
E o perigo não vem só da queima das áreas de florestas do meio rural. Pode vir da queima do resíduo doméstico no quintal, praticada irregularmente, da bituca de cigarros jogada erroneamente nas vias.
Não esqueça que: a prática de queimadas é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605, de 1998, que em seu artigo 54, descreve o crime de poluição, que consiste no ato de causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a saúde humana ou segurança de animais ou destrua a flora.
É preciso mudar este cenário. A mudança de atitude só acontece quando de fato compreendemos que podemos eliminar costumes que prejudicam a vida. Deste modo, evoluiremos como cidadãos conscientes, desvinculando a prática das queimadas de uma herança cultural.
Diga não às queimadas e denuncie ligando para o 98842-2090. Respeite a vida, respeite o ar que você respira.