Nesta quinta-feira (29), quatro dos 12 policiais militares suspeitos de envolvimento na chacina ocorrida, na semana passada, na rodovia AM-010, prestaram depoimento Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), localizada na Zona Leste de Manaus.
O grupo está preso desde o último sábado (24). Os 12, inclusive, já haviam prestado depoimento na segunda-feira (26). A Polícia, no entanto, não divulgou o teor dos depoimentos nem o que teria motivado os assassinatos.
No domingo (25), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) manteve a prisão dos policiais, após audiência de custódia. Os corpos das quatro vítimas foram encontrados em um carro abandonado na rodovia AM-010, na quinta-feira (22).
Eles vão ficar reclusos por 30 dias no Batalhão da Polícia Militar, em Manaus. Um inquérito militar também foi aberto para apurar a conduta dos oficiais.
No pedido de prisão dos 12 PMs, o delegado Danniel Antony afirma que “há uma relação entre os investigados com os indícios encontrados pela investigação, pois os policiais agiram de maneira concatenada, em atividade típica de grupo organizado e que a liberdade dos suspeitos pode prejudicar as investigações”.
O crime
Os corpos das vítimas – dois homens e duas mulheres – foram encontrados dentro de um carro, na manhã da última quarta-feira (21), na rodovia AM-010, no Amazonas.
Além de terem sido baleadas, as vítimas estavam com diversos sinais de agressão pelo corpo.
A motivação do crime ainda está sendo investigada pela polícia. No entanto, informações extraoficiais é que a principal suspeita é que as mortes teriam sido motivadas por uma abordagem malsucedida.
Após a chacina, a Polícia Militar do Amazonas divulgou que três das quatro vítimas já haviam sido presas. Os irmãos Diego e Daiane Máximo tinham passagens por tráfico drogas. Já Alexandre, que é filho do sargento da PM Alessandro Silva, havia sido detido em 2016 por roubo.