O projeto iniciou em 2019 e já formou 33 artesãs que moram nos residenciais do Prosamim. A iniciativa visa uma destinação adequada de resíduos que seriam descartados no lixo, transformando-os em peças de artesanato, bijuterias, cadernos e uma infinidade de produtos. As oficinas desenvolvidas pelo programa, além de possuírem o cunho da educação ambiental e da reciclagem, também visam gerar um complemento de renda para as participantes.
Moradora do Prosamim, a dona de casa Helení Martins Farias ressaltou o período carnavalesco para ganhar um dinheiro extra. “Nós estamos confeccionando acessórios para o Carnaval, como tiaras personalizadas, placas e bijuterias”, contou. A produção das artesãs é vendida nas bandas e quadras de escolas de samba.
A artesã Helení comentou também sobre o reaproveitamento de materiais que seriam descartados. “Utilizamos como matérias-primas caixas de sabão em pó, palitos de picolé e bijuterias que foram descartadas”, disse a dona de casa.
Auto-organização dos moradores – A assistente social do Residencial Liberdade, Mariza Lopes, disse que “é uma premissa do projeto social do Prosamim trabalhar a capacitação e a geração de renda das famílias que moram nos residenciais”. Ela disse ainda que o projeto iniciou no ano passado e que, além das oficinas de artesanato, as artesãs também assistiram palestras e participaram de cursos de análise de custos.
Para a artesã e idealizadora do projeto, assistente social Aldeniza Amorim, é gratificante observar o crescimento do grupo de artesãs. “Elas se organizam e utilizam tudo o que foi desenvolvido nas oficinas do projeto ’Do Lixo ao Luxo’ nos seus locais de trabalho. Só posso dizer que a venda desses materiais tem sido um sucesso”, comemorou.