O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), realizou, nesta sexta-feira (6/12), uma cerimônia de casamento coletivo no Centro de Convivência da Família Teonízia Lobo, no bairro Amazonino Mendes (Mutirão). A ação fez parte da primeira edição do programa “Muda Manaus”, criado para proporcionar à população de bairros vulneráveis da capital uma série de serviços e melhorias de forma integrada.
Na cerimônia, realizada em parceria com o 5º Ofício do Registro Cível, 26 casais confirmaram seus votos. Katyanne Batista e Erivan Rodrigues estavam entre os que disseram o “sim” diante de familiares, amigos e da juíza de paz Ana Maria Diógenes. O casal se conheceu há cinco anos e sempre quis oficializar a união.
“Há anos, a gente sonhava em realizar esse sonho. Apareceu essa oportunidade agora, e a gente agarrou com unhas e dentes”, afirmou Katyanne, que elogiou a iniciativa do casamento coletivo durante o Muda Manaus. “Eu acho muito boa (a iniciativa) porque é um momento único na vida de cada um de nós a decisão de nos casarmos, e, muitas vezes, a gente quer, mas a gente não tem oportunidade”.
Artene Lima e Ivaniny Meireles também trocaram alianças no Centro de Convivência Teonízia Lobo. Segundo eles, o coração bateu mais forte desde o momento em que se conheceram.
“Eu peço a Deus que a gente possa ter uma convivência muito boa de marido e mulher, respeitando um ao outro, e que a gente possa ser muito feliz”, declarou Artene. Apesar do nervosismo, a noiva não continha a felicidade: “É um grande sonho, e com a pessoa que o coração escolheu”, disse Ivaniny.
Cidadania – Para a titular da Seas, Márcia Sahdo, a oportunidade de formalizar a união civil também é importante para a garantia de direitos e cidadania. “O Centro da Família existe para isso. Ele existe na comunidade para poder a gente permitir que essas famílias tenham acesso a alguns direitos, e o direito ao casamento, a regularizar a situação civil, é algo importante pra família, permite também com que ela tenha acesso a outros direitos necessários para que elas vivam uma vida como qualquer cidadão”, disse ela.
De acordo com a secretária, a mobilização feita pela Seas para o casamento desta sexta-feira começou em agosto, com uma série de palestras e orientações sobre direitos civis, regimes de comunhão de bens, dentre outros temas. “Nós temos profissionais que fazem a articulação com as instituições para conseguir a documentação e aí a comunidade vem e aproveita o espaço pra fazer a festa, ter esse momento aqui com a família. Então, pra nós é fundamental, é importante termos profissionais fazendo esse trabalho com a comunidade também”.