O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) acatou a denúncia do Ministério Público do Amazonas (MPAM) contra Bruno da Silva Gomes e Robson Silva Nava Júnior, acusados pelo homicídio do jovem palestino Mohammad Manasrah, de 20 anos. O crime, ocorrido no dia 8 de fevereiro em Manaus, também deixou ferido seu irmão, Ismail Manasrah, que tentou protegê-lo e sofreu cortes graves no rosto e nas costas.
A decisão, do juiz Fábio César de Souza, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, emitida na última sexta-feira (7), determinou ainda a prisão preventiva de Robson, que segue foragido, enquanto Bruno já estava em detenção temporária desde o dia 13 de fevereiro.
O MPAM formalizou a denúncia no dia 5 de março, imputando aos suspeitos os crimes de homicídio contra Mohammad e tentativa de homicídio contra Ismail. Segundo o promotor de Justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros, o assassinato foi cometido de forma traiçoeira e por um motivo considerado fútil, fatores que podem resultar em pena mais severa caso haja condenação.
Conforme as apurações da Polícia Civil do Amazonas, Mohammad foi atingido por uma garrafa quebrada no pescoço, enquanto Ismail, ao tentar intervir, sofreu ferimentos profundos. Os relatos apontam que os acusados teriam planejado a ação e buscado dificultar as investigações, além de prestarem informações contraditórias em seus depoimentos.
A Sociedade Árabe Palestina do Amazonas divulgou um comunicado nesta quarta-feira (12/03), no qual reforça sua esperança na justiça brasileira e se manifestou favoravelmente à decisão judicial.
“A decisão do TJAM de manter a prisão preventiva dos acusados representa um importante passo na busca por justiça para Mohammad Manasrah”, destaca um trecho do comunicado. A entidade também ressaltou que os suspeitos demonstraram intenção de burlar as investigações e que a violência do crime reforça a necessidade de uma resposta firme por parte do sistema judicial.
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