A confirmação de um caso de esporotricose animal no bairro da Glória e casos suspeitos, inclusive no São Raimundo, ambos na zona Oeste da cidade, levou a Prefeitura de Manaus a alertar os moradores não só daquela área, mas de toda a cidade, sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação. A esporotricose é uma doença de origem infecciosa, transmitida por fungos e que pode afetar tanto animais quanto humanos. A ocorrência maior é em gatos. Sendo diagnosticada precocemente, tem tratamento e cura.
“Não há necessidade de pânico. A equipe de profissionais do Centro de Controle de Zoonoses da Semsa vem fazendo o acompanhamento dos casos suspeitos nas áreas onde estão ocorrendo os casos, fazendo visitas domiciliares, coletando material para exames laboratoriais que podem confirmar ou descartar a existência do fungo. Preliminarmente é possível diagnosticar a doença por meio da observação de lesões tanto em humanos quanto nos animais”, assegura o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.
Nos gatos aparecem feridas profundas, geralmente no focinho e nos membros, que não cicatrizam, podendo progredir para o resto do corpo. Os sinais clínicos que podem ser observados incluem perda de peso, apatia e secreção nasal. Nos humanos acomete a pele e a parte
profunda da pele, causando lesão única ou múltiplas, iniciando pelo local onde o fungo penetrou. Essas lesões iniciam com caroço, que pode se romper, formando uma ferida de difícil cicatrização.
O fungo da esporotricose pode ser transmitido ao gato e às pessoas pelo contato com materiais contaminados, como casca de árvores, palha, farpas, espinhos ou terra. O gato contaminado transmite a doença para outros gatos e para as pessoas, por meio de arranhões, mordidas ou contato direto com a pele lesionada. Após a inoculação na pele, há um período de incubação, que pode variar de poucos dias a 3 meses (média de 3 semanas), podendo chegar a 6 meses.
Outros cuidados que devem ser observados incluem, ainda, encaminhar o animal doméstico imediatamente a um médico veterinário, não realizar curativos locais e não banhar gatos com esporotricose. “É importante que seja providenciada a castração de gatos saudáveis, para diminuir as saídas às ruas, reduzindo a possibilidade de transmissão da doença”, sugere Marinélia.