A programação foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Distrito de Saúde Oeste (Disa Oeste), junto à equipe de profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila da Prata.
Com o objetivo de desenvolver atividades de Educação Permanente, oferecendo instrumentos para a atuação dos profissionais no controle da tuberculose, o projeto de intervenção teve início em janeiro deste ano e foi elaborado pela equipe da Divisão de Vigilância em Saúde do Disa Oeste, já tendo atingido 19 Unidades de Saúde. A meta é executar as ações do projeto em 59 UBSs localizadas na zona Oeste.
Segundo a enfermeira Kelly Aguiar, uma das técnicas do Programa de Controle da Tuberculose no Disa Oeste, as atividades de educação permanente são estratégias para a implantação do Procedimento Operacional Padrão (POP).
“O POP é um instrumento que detalha todas as ações necessárias para execução de uma tarefa, padronizando o trabalho, orientando os profissionais e facilitando o alcance das metas. No caso do controle da tuberculose, o objetivo é orientar os profissionais das UBSs no combate à doença nas atividades de rotina, favorecendo mudanças no processo de trabalho que resultem na melhora dos indicadores da doença, com redução de casos e maior eficácia no tratamento dos pacientes”, informou Kelly.
O projeto engloba quatro etapas. A primeira é a elaboração do POP com descrição do processo de trabalho do Programa de Controle da Tuberculose nas UBSs. A segunda é a avaliação prévia de cada UBS para identificação de pontos fracos e elaboração de métodos para melhorar o atendimento a partir da atividade de Educação Permanente, com a aplicação de um questionário estruturado, avaliando os instrumentos de registros e os indicadores da Unidade.
A terceira etapa é a realização das atividades de educação permanente em formato de treinamentos em serviço na Unidade de Saúde, pré-agendado, com participação de toda equipe multidisciplinar e duração de quatro horas, por meio de palestra sobre a tuberculose.
“O foco da palestra são os aspectos clínicos e epidemiológicos da tuberculose, os indicadores de vigilância epidemiológica da unidade e processo de trabalho, através do POP. O intuito é instrumentalizar os profissionais para que atuem de forma mais efetiva no controle da doença, compreendendo melhor a importância de cada um no processo de trabalho da rotina diária de atendimento”, completou a enfermeira.
A última etapa do projeto é o monitoramento das ações no controle da tuberculose desempenhadas em cada unidade de saúde, através dos indicadores de vigilância epidemiológica da tuberculose, o que inclui a busca ativa de sintomáticos respiratórios, casos novos encerrados por abandono, contatos de casos novos examinados e casos novos testados para HIV.