Por conta do aumento do número de casos e mortes pelo novo coronavírus na capital amazonense, a Prefeitura de Manaus decidiu não liberar as escolas municipais para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que tem a primeira prova marcada para o próximo domingo (17). Para evitar aglomerações nas unidades de ensino e a propagação da Covid-19, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) enviou ao Ministério Público Federal (MPF-AM) um ofício com os motivos da não liberação.
A decisão da prefeitura em não oferecer as unidades de ensino para a aplicação das provas foi tomada após entendimento entre o prefeito David Almeida, o secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino, e os subsecretários do órgão, juntamente com o Departamento de Planejamento (Deplan) da Semed.
Pauderney explicou que o documento também pede o adiamento da prova. “É uma temeridade, sobretudo nesse momento. Hoje é dia 13. A prova será daqui a quatro dias e sabemos que a situação de Manaus em relação a pandemia não vai acalmar até lá. Abrir as escolas para o Enem representa aglomeração na frente e no interior delas. Enviamos as nossas razões ao Ministério Público e também sugerimos que o Enem seja adiado”, informou o secretário.
Cenário
Na terça-feira (12), um total de 166 sepultamentos foram registrados nos cemitérios de Manaus, dos quais 110 nos espaços gerenciados pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), enquanto que nos particulares, ocorreram 56 enterros. Entre as causas das mortes do total de sepultamentos nos cemitérios públicos da capital do Amazonas, 49 foram declaradas como Covid-19, e dois casos suspeitos. Já nos espaços privados foram 36 registros de óbitos pelo novo coronavírus.