Moradores de Silves e Itapiranga, no Amazonas, estão preocupados com o risco de interdição da cidade e da região ao redor por causa de uma disputa envolvendo a exploração de gás natural no Complexo do Azulão, da Eneva, um projeto que já recebeu R$ 6 bilhões em investimentos.
Trabalhadores, comerciantes, estudantes e famílias estão pedindo ajuda às autoridades locais e nacionais – incluindo o prefeito, vereadores, governador, deputados, senadores e até o presidente – para evitar que o Ministério Público Federal (MPF), a Funai e ONGs impeçam as atividades na região.
A interdição está sendo discutida após procuradores do MPF proporem uma portaria que restringiria o uso das rodovias AM-330 e AM-363, que ligam Silves e Itapiranga. Eles justificam a medida com base em relatos de ONGs sobre possíveis indígenas isolados vivendo na área do Igarapé do Caribi.
As evidências incluem uma fotografia tirada em 2023 por um membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), mas essa imagem foi analisada pelo perito Allan Reis, do Tribunal de Justiça do Amazonas. Ele concluiu que a foto apresenta sinais de manipulação, sugerindo que pode não ser autêntica.
Por outro lado, a Funai realizou uma expedição na região entre março e abril de 2024. Apesar de encontrar apenas um artefato que pode ser indígena, o órgão afirmou haver “alta probabilidade” de existirem povos isolados na área.
A situação preocupa a população, que teme que a paralisação das atividades econômicas comprometa o sustento das famílias e o futuro dos municípios.
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