Onze policiais civis do Amazonas, entre investigadores, escrivãs e delegados, estão participando do programa ‘Hands of hope’ (mãos da esperança) atuando como tradutores simultâneos de médicos americanos e canadenses durante atendimento de saúde em comunidades carentes da capital amazonense e comunidades ribeirinhas. Os servidores são integrantes do setor de capacitação da Polícia Civil, alunos do curso de idiomas e participantes do programa desde 2017.
Os atendimentos ocorreram entre a segunda-feira (25/3) e quarta-feira (27/3) nas dependências de uma igreja evangélica localizada na comunidade Baixada da Alegria, bairro São José, zona leste da capital. Nesta quinta-feira (28/3) e sexta-feira (29/3) os médicos vão atender moradores de comunidades ribeirinhas do Careiro Castanho e Careiro da Várzea.
Nascido nos Estados Unidos, o programa ‘Hands of hope’ é composto por 27 médicos profissionais que desenvolvem trabalhos voluntários ao redor do mundo. A organização tem 10 anos e, todos os meses, os agentes de saúde viajam para diferentes países, com diferentes grupos de profissionais da saúde, como médicos e enfermeiras. Dentre os serviços oferecidos estão clínica geral, consulta odontológica, fisioterapeuta, além da doação de diversos medicamentos. Os médicos já realizaram os atendimentos em diversos países da Ásia, América do Sul e América Central.
“Nós fornecemos atendimento médico e medicamento para todos que vêm, fazemos o melhor que podemos. Acreditamos em um mundo no qual muitos locais precisam de ajuda médica. Nós vamos onde precisam de atendimento médico e esperamos atender o máximo que podemos”, afirmou o coordenador do programa, o médico Wade Hosseini.
De acordo com a investigadora da Polícia Civil Regina Nogueira, o setor de idiomas da instituição foi acionado pela coordenação do projeto para integrar o trabalho voluntário junto aos médicos, que precisam de tradução para falar com a comunidade, informar sobre situação de saúde e tirar dúvidas.
“Nós estamos contribuindo com a organização do evento e na parte de tradução, já que todos os médicos são americanos e canadenses. É um trabalho completamente voluntário. Iniciamos aqui na comunidade e depois vamos acompanhá-los nos atendimentos nas comunidades ribeirinhas”, disse.
Para a investigadora, é recompensador usar o conhecimento adquirido por meio do departamento de idiomas da instituição para ajudar as pessoas. “Eles vêm de longe fornecer atendimento médico àqueles que necessitam e, para nós, é uma troca de experiência e conhecimento muito grande”, afirmou Regina.
Ao saber que os médicos estavam na comunidade, a massagista Luiza Maria aproveitou para consultar um profissional e levar os filhos ao dentista. “Passei por uma consulta no clínico geral e trouxe meus filhos para o dentista. É uma alegria muito grande ter eles aqui na comunidade. Nos ajuda muito”, comentou.