Policiais encontraram neste domingo (19) a lancha em que viajavam o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips. De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, a embarcação estava a cerca de 20 metros de profundidade, “emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação” e “a uma distância de 30 metros da margem direita do rio Itaquaí”.
Segundo a polícia, quem indicou o local onde a lancha estava foi o suspeito Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, que se entregou à polícia e teve a prisão temporária decretada pela Justiça no último sábado (18). A Polícia Civil informou ainda que foram quase cinco horas de operação para encontrar a embarcação.
– Além do casco da lancha, também foram encontrados um motor Yamaha 40 hp, quatro tambores que eram de propriedade do Bruno, sendo três em terra firme e um submerso – diz a nota.
TRÊS ESTÃO PRESOS E MAIS CINCO SÃO INVESTIGADOS
Antes de Jeferson, o primeiro a ser preso por envolvimento nas mortes de Dom e Bruno foi o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, que confessou o crime na última quarta-feira (15). Detido desde o último dia 7 de junho, Amarildo teve a prisão temporária decretada pela Justiça dois dias depois.
Já no dia 14, o irmão de Amarildo, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, foi preso pela polícia. A prisão temporária dele foi decretada pela Justiça no dia seguinte. Amarildo, Oseney e Jeferson seguem detidos na carceragem da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) do Amazonas, em Atalaia de Norte.
Neste domingo (19), a polícia aumentou o número de suspeitos de envolvimento na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips para oito pessoas. De acordo com o portal G1, os agentes informaram que mais cinco homens teriam ajudado a enterrar os corpos de Dom e Bruno. Os nomes dos novos suspeitos não foram revelados.
IDENTIFICAÇÃO DOS CORPOS
O exame médico-legal feito pela perícia da Polícia Federal (PF) confirmou as mortes de Dom Phillips e de Bruno Pereira e apontou que ambos morreram baleados. De acordo com o laudo, os assassinos dispararam quatro vezes contra as vítimas, sendo três delas em Bruno. Os crimes ocorreram no Vale do Javari, no Amazonas.
Em nota, o Comitê de Crise coordenado pela PF detalhou que Dom sofreu “traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica (1 tiro)”.
Já Bruno Pereira sofreu “traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, que ocasionaram lesões sediadas no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”.