Deflagrada nesta terça-feira (11), a operação “Tendas de Ouro” investiga fraude na licitação que contratou dois hospitais de campanha para o Amapá durante a pandemia da Covid-19. Policiais federais cumpriram 5 mandados de busca e apreensão.
Uma das equipes chegou a ir até a sede da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Também houve cumprimento de mandados em residências de investigados e no prédio da empresa vencedora do certame.
Segundo a Polícia Federal (PF), que comanda a operação com apoio do Ministério Público Federal (MPF), já foi possível identificar que pelo menos R$ 563 mil foram desviados durante a prática criminosa no contrato que tinha o valor de R$ 1,5 milhão.
O valor foi considerado elevado para alugar as tendas pelo período de 6 meses.
A PF elencou indícios de uma série de práticas criminosas no serviço de locação de galpão, montagem e desmontagem de estrutura metálica para o Hospital Estadual de Santana (HES) e o Hospital de Emergência (HE) de Macapá.
“A investigação apurou possível fraude no caráter competitivo da licitação, com auxílio de servidor, havendo desvio de valores, fortes indícios de direcionamento na licitação para a empresa investigada, bem como superfaturamento e pagamento duplicado pelo mesmo serviço”, pontuou a polícia.
Os investigados podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e fraude à licitação. Se condenados, as penas podem chegar a 24 anos de reclusão.