A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) reajustes de 3,7% no preço do diesel e 1,9% no preço da gasolina, com vigência a partir desta sexta (16). As altas interrompem movimento de corte de preços iniciado no fim de março, após a escalada do início do ano.
Segundo a estatal, o preço médio do diesel em suas refinarias sobe para R$ 2,76 por litro, R$ 0,10 acima do praticado até está quinta. A alta da gasolina será de R$ 0,05, para R$ 2,64 por litro.
Em nota, a empresa reforça que “o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis”.
Antes do reajuste anunciado nesta quinta, a Petrobras havia feito dois cortes no preço do diesel, acompanhando a queda das cotações internacionais do petróleo. O preço da gasolina havia caído uma vez.
A escalada do preço do diesel é motivo de preocupação no governo, que editou na terça (13) resolução reduzindo 13% para 10% o teor de mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel fóssil. Mais caro do que o diesel de petróleo, o biocombustível vem sendo pressionado pela desvalorização cambial e demanda pela soja.
Na semana passada, diante dos altos valores oferecidos pelos produtores, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) suspendeu um leilão de biodiesel com a regras de mistura de 13%. A redução para 10% fará com que as indústrias fiquem com estoques elevados até o próximo leilão.
A Fecombustíveis (Federação do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes) disse na ocasião que, mantidas as condições de preço do leilão, o biocombustível passaria a contribuir com R$ 0,67 por litro para o preço de bomba.