Até a próxima sexta-feira (31), pelo menos 17 detentos apontados como mandantes e líderes da briga que resultou na morte de outros 55 presos, em quatro presídios de Manaus, devem ser transferidos para presídios de segurança máxima, de acordo com o responsável pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), coronel Vinicius Almeida.
A partir desta quinta-feira (30), os agentes federais que compõem a Força de Intervenção Penitenciária (FIP) devem conhecer as unidades prisionais onde os detentos foram executados. Eles irão atuar por 3 meses dentro de todas as unidades prisionais da capital, além de capacitar os agentes penitenciários e policiais militares do Estado, que atuam no Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP).
Durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (29), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado no bairro Aleixo, zona centro-sul da capital, o coronel Vinícius Almeida foi questionado por que o setor de inteligência da Seap não alertou sobre a ação dos presos, já que um alerta havia sido emitido no dia 22 de maio.
Em resposta, o secretário da Seap informou que o Estado conseguiu preservar 225 vidas, ao chegar às quatro unidades prisionais minutos após o início do massacre de segunda-feira (27), menos de 24 horas após 15 presos terem sido assassinados no domingo (26), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
“Na segunda-feira foi aventado que as mortes poderiam continuar por asfixia. Imediatamente o Estado se deslocou para as unidades prisionais, e, ao adentrar (polícia), estartou um processo que seria de madrugada. E volto a dizer: o Estado salvou 225 vidas”, disse.
Ainda durante a coletiva, a Seap informou que solicitou ao governo federal a prorrogação, por mais um ano, da presença dos homens da Força Nacional, que atuam na parte externa do ramal que dá acesso a maioria dos presídios de Manaus, localizados no km 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista).