Um homem, identificado como Robson José dos Santos Reis, 43 anos, foi preso em Manaus nas primeiras horas desta sexta-feira (29/09), por pedofilia virtual e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil. Conforme a Polícia Civil ele enganou mais de 15 crianças, todas de fora do Amazonas, com perfil falso nas redes sociais e colecionava imagens íntimas das vítimas.
De acordo com o delegado Antônio Rondon, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos, Robson faz isso há cerca de três anos mas foi descoberto após uma investigação que começou em junho de 2022, no estado do Espírito Santo, quando a mãe de uma vítima descobriu que a filha de 9 anos enviava vídeos íntimos para um perfil falso de outra menina que pedia as imagens da criança.
“Essa investigação teve início lá no Espírito Santo, em junho do ano passado, quando a mãe de uma vítima identificou conversa de sua filha pelo Instagram com um suposto perfil e ela viu que a menina estava enviando vídeos pornográficos, imagens íntimas, tudo isso ludibriada por aquele perfil que se passava também por uma menina de 9 anos”, disse o delegado.
Segundo o delegado, o homem é natural de Belém do Pará, tem família, filhos e foi localizado no bairro do Japiim em Manaus. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão ele tentou esconder o celular onde continham as imagens.
“Então a investigação iniciou no Espírito Santo culminou com a identificação de um perfil suspeito aqui na cidade de Manaus, especificamente no bairro do Japiim. Hoje nós fomos cumprir o mandado de busca e apreensão e quando chegamos na residência o autor tentou esconder o aparelhos celular, inicialmente, depois de um vistoria a gente conseguiu localizar e identificou diversos conteúdos pornográficos envolvendo crianças, a maioria de 9 a 11 anos”, contou.
O delegado afirma que o ‘modus operandi’ do suspeito era criar perfis falsos fingindo ser criança entre 9 a 11 anos e iniciava essas conversas para gerar algum tipo de relacionamento com as vítimas. Em depoimento a polícia Robson disse que não era nada premeditado e os alvos eram, escolhidos aleatoriamente, devido o próprio Instagram indicar opções de perfis para que ele pudesse iniciar o contato já que ele colocava idade semelhante a das vítimas.
“Ele declarou que o conteúdo era tão somente para a lascívia individual dele. Ele não transmitia, não divulgava e nem comercializava esse conteúdo. Mas a gente vai tirar a limpo no decorrer das investigações se isso é verdade ou não”, declarou a autoridade policial.
Conforme o delegado em depoimento o homem disse estar arrependido. “Ele alega que isso é um distúrbio dele, que realmente é um vício, que é uma doidice dele, que está muito arrependido”, disse Antônio Rondon.
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