Policiais civis da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) cumpriram nesta sexta-feira (03/07), por volta das 6h, mandado de prisão em nome do pastor evangélico Elido dos Santos Martins, de 43 anos, por estupro de vulnerável. O homem atuava em uma igreja no bairro Cidade de Deus, zona norte de Manaus, e, ao longo de 2019, abusou sexualmente uma criança de 9 anos e de uma adolescente de 13 anos. Ambas eram filhas de pessoas que frequentavam o templo religioso em que o infrator congregava.
Sob o comando da delegada-geral Emília Ferraz e a coordenação da delegada Joyce Coelho, titular da especializada, a prisão do infrator ocorreu na residência dele, no Conjunto Braga Mendes, bairro Cidade Nova, zona norte da cidade. As investigações em torno do caso iniciaram em maio deste ano, após os pais das vítimas tomarem conhecimento dos abusos e formalizarem a denúncia.
Segundo a delegada Joyce Coelho, Elido já possui uma sentença condenatória de 15 anos de reclusão, que está em fase de recurso, pelo mesmo crime, envolvendo outras duas vítimas. “Em todos os casos, as diligências apontam que o pastor sempre agia da mesma forma. Após se aproximarem das filhas do infrator, as vítimas visitavam a residência dele para realizarem estudos bíblicos. Entretanto, o indivíduo aproveitava momentos oportunos e cometia os abusos sexuais”, explicou a titular da especializada.
De acordo com a autoridade policial, após descobrir que estava sendo, mais uma vez, alvo de investigações, ele teria disparado um vídeo aos fiéis da igreja, comunicando que precisava se mudar. Conforme investigações, o pastor estava planejando, na verdade, fugir das autoridades policiais.
A titular da especializada destacou ainda que o mandado de prisão em nome de Elido foi expedido no dia 2 de julho deste ano, pela juíza Patrícia Chacon de Oliveira Loureiro, da 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes.
Procedimentos – Elido foi indiciado por estupro de vulnerável e, após os trâmites na Depca, ele será levado para Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde ficará à disposição da Justiça.