Nesta quarta-feira (28), completa-se um mês desde as eleições presidenciais na Venezuela, que resultaram na reeleição de Nicolás Maduro, conforme declarado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). No entanto, o CNE não divulgou detalhes dos resultados por centros e mesas de votação, gerando controvérsias e tensão política.
Durante as semanas seguintes à eleição, o país enfrentou repressão, com detenções de opositores, ativistas e jornalistas. Enquanto esforços internacionais para mediar a crise falharam, tanto a oposição quanto o partido no poder organizaram protestos para reforçar suas posições. No dia 17 de agosto, houve manifestações em todo o país e em várias cidades internacionais.
A líder da oposição, María Corina Machado, convocou novos protestos para hoje, criticando a validação dos resultados pela Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), que considera estar sob influência do chavismo. Machado acusa o governo de fraude e solicita a publicação detalhada dos resultados das eleições.
O Partido Socialista Unido da Venezuela, liderado por Maduro, também fará manifestações hoje para celebrar o que chama de “grande vitória popular”. No entanto, o primeiro vice-presidente do partido, Diosdado Cabello, criticou um reitor do CNE que reconheceu irregularidades nas eleições, destacando que ele será responsabilizado conforme a Constituição.
O site do CNE, que esteve fora do ar desde as eleições, voltou a enfrentar problemas técnicos, com a entidade alegando um ataque cibernético.
Edmundo González, o principal rival de Maduro, está sob investigação pelo Ministério Público e não compareceu à convocação para prestar depoimento. A oposição acusa o governo de assédio judicial contra González e defende que as provas de uma vitória legítima foram ocultadas.
O cenário político na Venezuela continua tenso e sem resolução clara, com ambos os lados se preparando para intensificar seus protestos.
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