Agentes ambientais e policiais da Operação Tamoiotatá, realizada pelo Governo do Amazonas, localizaram uma propriedade rural com aproximadamente 54 hectares de área desmatados ilegalmente em Apuí, município a 453 quilômetros de Manaus, no sul do estado. O local, situado no Km 75 da rodovia Transamazônica (BR-230), também abrigava uma rinha clandestina, com 70 galos e uma arena para a briga entre os animais.
Pelos dois crimes, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) aplicou multas da ordem de R$ 480 mil. A maior penalidade, no valor de R$ 270 mil, foi pelo desmatamento ilegal identificado na propriedade.
Após busca pelo empreendimento rural, foram localizadas diversas gaiolas com galos de diversas raças e uma arena, utilizada para as brigas. O capitão do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Victor Vasconcelos, explicou que os agentes foram fiscalizar uma área de desmate, quando encontraram os animais e apetrechos como esporas e buchas, que são utilizados para a prática criminosa de maus-tratos.
“Fomos averiguar um possível desmate nessa fazenda e, no fundo do local, achamos esse galpão com os galos que estavam visivelmente machucados. Tudo indica que, nesse final de semana, houve rinha. Eram 70 animais, mas um estava morto”, disse.
O fiscal do Ipaam, Isaías Pereira, ressalta que, além do crime de maus-tratos, o dono do local vai responder pelo desmatamento constatado na propriedade.
“Recebemos as coordenadas desse local pelo nosso laboratório de geoprocessamento, que atua em conjunto com a Sala de Situação da Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente), mostrando uma área de 54 hectares de desmate. O responsável pela fazenda vai receber uma multa pelo desmatamento ilegal e por maus-tratos”, explicou.
Apreensões
Segundo o Batalhão Ambiental da PMAM, foram apreendidas uma arena, 73 esporas de plástico, duas esporas de metal, três protetores de espora, 23 bicos de metal, um cronômetro e 165 lacres de metal.
Também houve a localização de uma espingarda calibre 28, sem numeração. Um homem foi preso. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Apuí.
De acordo com o Batalhão Ambiental, manter animais silvestres em cativeiro sem documentação legal e promover rinhas de galos são crimes ambientais, e os infratores estão sujeitos às punições previstas em lei.
São considerados crimes ambientais quaisquer ações que prejudiquem a fauna, a flora, recursos naturais e demais elementos que formam o meio ambiente, em razão disso, o Governo do Amazonas, por meio da Operação Tamoiotatá, vem adotando medidas mais efetivas no combate ao desmatamento e queimadas no estado.
Operação Tamoiotatá
Focada no combate ao desmatamento e às queimadas ilegais, a operação integra a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), além do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Amazonas.