Na madrugada desta terça-feira (16/03), dois pacientes vindos de Rondônia, sendo um homem e uma mulher, chegaram a Manaus e foram encaminhados ao Hospital Delphina Aziz, referência em casos da doença. Neste primeiro momento, o Estado oferta oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender pessoas vindas de Rondônia e do Acre.
Anteriormente, outras duas pessoas vindas de Porto Velho (RO) chegaram a Manaus, no primeiro fim de semana de março, durante uma ação emergencial realizada enquanto o Amazonas se preparava para iniciar, de fato, a Operação Gratidão.
Com a ação, o Governo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), retribui a ajuda recebida de outros estados no momento mais agudo da pandemia vivenciada no Amazonas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, quando 542 pessoas precisaram ser transferidas para outras localidades do país.
Além do Delphina Aziz, serão disponibilizados leitos no Hospital Nilton Lins, no Hospital da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado e no Pronto-Socorro Platão Araújo.
A SES-AM definirá um Mapa Diário de Leitos da Operação Gratidão com a quantidade de leitos disponíveis na rede, o número de remoções em andamento dentro do Estado, o número de pacientes locais aguardando remoções já com vagas reservadas, o saldo remanescente e os leitos disponibilizados para pacientes de fora.
O cálculo também prevê reserva técnica, ou seja, nem todos os leitos remanescentes devem ser usados. O Estado também prevê a oferta de leitos clínicos para pacientes leves e moderados, mas sempre levando em consideração a taxa de ocupação de UTI, tomando como parâmetro a constatação de que, em média, 20% dos pacientes do Amazonas que foram para outros estados agravaram e precisaram de UTI.
Com a taxa de ocupação de leitos clínicos da rede pública em 50,7% e de UTI em 81,9 %, nesta segunda-feira havia 33 leitos de UTI e 228 leitos clínicos exclusivos para a Covid-19 vagos na rede estadual. Dez pacientes foram removidos e onze aguardavam transferência.
As remoções intermunicipais dependem de logística de transporte e das condições hemodinâmicas do paciente para suportar o deslocamento de avião ou mesmo de ambulância terrestre.