O prefeito David Almeida e o vice-prefeito Marcos Rotta acompanharam a retomada das obras do complexo viário Professora Isabel Victória, na avenida Max Teixeira, em frente à entrada do conjunto Manoa, na zona Norte, na manhã desta segunda-feira, (15). A previsão, de acordo com as empresas responsáveis pelo consórcio – J Nasser Engenharia Ltda. e Construtora Soma Ltda. –, é de que o viaduto seja entregue nos próximos 60 dias, porém o prazo dependerá do clima na capital.
David Almeida fez questão de reforçar que a intervenção no complexo, assim como em diversas obras pela cidade, não possui motivação política. “Estamos fazendo nosso papel, esta obra já está toda paga e não sairão mais recursos dos cofres da prefeitura. O consórcio já está alinhado, vai fazer as correções com recursos já pagos. A obra tem seguro, tem garantia e dentro disso que nós estamos pedindo os ajustes”, ressaltou.
O laudo técnico emitido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) apontou uma série de falhas de infraestrutura na obra do viaduto do Manoa. E, após reunião entre membros da prefeitura, representantes do consórcio e o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), entraram em consenso, para respeitar as recomendações estabelecidas pelo Crea-Am e firmaram compromisso para os ajustes do complexo do Manoa.
O vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Marcos Rotta, foi quem participou das reuniões sobre o assunto. “Aqui não precisa ser engenheiro para ver que existe um desnível extremamente acentuado. Nos acautelamos, chamamos o Crea para que fosse feito um laudo isento e apartidário, e agora a obra vai seguir dentro de um padrão de engenharia e, acima de tudo, de segurança”, destacou.
Marcos Rotta explicou que todas as recomendações do laudo emitido pelo Crea-AM serão atendidas e que a ação é um consenso entre os envolvidos, que, ao final da reunião, assinaram uma ata de compromisso.
“Tomamos todos os cuidados. A preocupação do prefeito desde o início foi com relação à segurança, pois não precisa ser engenheiro para ver que há um desnível acentuado. Por isso, então chamamos o Crea para que fizesse um laudo técnico isento, apartidário, assim o fez. Chamamos o TCE para que junto a prefeitura tivéssemos uma união de esforços e um pensamento unificado com relação a algumas coisas que precisam ser feitas aqui a partir de hoje. Agora, a obra vai seguir dentro de um padrão de engenharia que não sofreu no passado”, garantiu o vice-prefeito.
Obras inacabadas
Rotta ainda disse que a parceria com o Crea-AM deve se estender para as outras obras deixadas pela última administração. Ele citou que o prefeito David Almeida criou inclusive a Comissão de Apuração de Obras em Conclusão do Município de Manaus, que tem como principal objetivo realizar o levantamento do estágio das obras em processo de conclusão na cidade, para que as providências administrativas e legais sejam tomadas pelo Executivo municipal.
“Na parceria com o Crea, ficou demonstrada a isenção dessa ação. O prefeito nos orientou para procurar parcerias com relação às obras, que são importantes, assim como o viaduto do Manoa, mas que não podia ser entregue como estava. Então é óbvio que deu certo, inclusive teve a chancela do Tribunal de Contas do Estado, que esteve presente nas reuniões com as empresas”, explicou ele.
Falhas
O laudo elaborado pelo Crea-AM apontou uma série de falhas de infraestrutura na obra do viaduto do Manoa, que foi construído num valor orçado de R$ 47,1 milhões. O estudo técnico, elaborado pelo Grupo de Trabalho de Obras Públicas da entidade, foi entregue na última terça-feira, 9/3, ao vice-prefeito Marcos Rotta, que teve dois encontros com os representantes das empresas, para que se chegasse ao melhor entendimento entre as partes.
O presidente da Comissão de Apuração de Obras em Conclusão do Município de Manaus (Caoc), Cleudinei Lopes da Silva, falou que a população de Manaus será a maior beneficiada com o entendimento entre os poderes público e privado, uma vez que o viaduto é de extrema importância para a cidade. Ele ainda falou sobre a participação do TCE-AM no processo.
“Finalmente chegamos a um consenso das ações e adequações que devem ser tomadas para que o viaduto possa ser finalmente entregue sem prejuízos aos usuários. A presença do Tribunal de Contas, que deu seu aval, resguarda as ações de todos, inclusive da prefeitura”, afirmou Cleudinei.
TCE
Para chancelar as ações que serão tomadas daqui para frente, o encontro contou com a presença do auditor do TCE Euderiques Marques, que acompanhou o processo de discussão entre empresas e a Prefeitura de Manaus. O Tribunal possui uma comissão que acompanha a obra do viaduto desde o começo, em 2019.
“Atendemos o pleito da Seminf, que, sabiamente, acionou o Tribunal para que se encontrasse um acordo para resolver esse problema da melhor maneira possível. Esse diálogo é importantíssimo, pois atuar em conjunto beneficia até mesmo a obra em si, que é muito dinâmica e facilita as tomadas de decisão”, afirmou o auditor.