Metrópoles | O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou argumentos da procuradora-geral da República, Raquel Dodge – nos quais rechaçou a posição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiram abrir um inquérito com intuito de apurar fake news contra a corte –, para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Por meio de seu perfil pessoal no Twitter, o alagoano afirmou que Moro, na operação Lava Jato, acumulou as funções de juiz e investigador quando avaliou o processo que condenou o petista. “O Ministério Público Federal declara que o STF ultrapassa os limites de sua atuação ao agir como investigador e juiz ao mesmo tempo. Esquece que Sergio Moro foi o investigador e o sentenciador do Lula”, publicou.
1) O Ministério Público Federal declara que o STF ultrapassa os limites de sua atuação ao agir como investigador e juiz ao mesmo tempo. Esquece que Sérgio Moro foi o investigador e o senteciador do Lula. Para isso, se valeu de delações sem prova, quebrou sigilos e vazou…
— Renan Calheiros (@renancalheiros) April 17, 2019
Calheiros voltou a dizer que o então juiz da Lava Jato não tinha provas suficientes e se valeu de quebra de sigilos supostamente ilegais para condenar Lula. “Ainda instituiu a prisão em 2ª instância, estabelecendo Estado de Exceção com violações constitucionais sem precedente”, continuou o emedebista.
O senador ainda insinuou que a Justiça seleciona os indivíduos que podem exercer a liberdade de expressão. “É preciso discutir democracia de forma ampla, garantindo que os princípios sirvam para todos, de forma justa e jamais seletiva”, afirmou Calheiros.