Neymar se pronunciou pela primeira vez sobre a reportagem publicada pelo jornal Wall Street Journal, que revelou que a Nike rompeu seu contrato com o atacante do Paris Saint-Germain alegando que o brasileiro se recusou a colaborar em investigações internas da empresa, depois que uma funcionária da companhia acusou o atleta de assédio sexual.
De acordo com o veículo norte-americano, a funcionária contou a amigos e colegas de trabalho da Nike que, em 2016, Neymar tentou forçá-la a praticar sexo oral enquanto ambos estavam em um quarto de hotel em Nova York.
Em sua página no Instagram, o atacante rebateu a acusação, disse que ‘fatos podem ser distorcidos porque as pessoas os enxergam de ângulos diferentes’ e acusou a Nike de tê-lo traído.
Veja abaixo, na íntegra, o comunicado publicado pelo atacante:
Os fatos podem ser distorcidos porque as pessoas os enxergam de ângulos diferentes. Não temos como negar que a vida é assim. Faz parte!
Até entendo quando alguém faz uma crítica sobre minhas condutas, minha forma de jogar e de viver a vida. Somos diferentes!
Eu realmente não entendo como uma empresa séria pode distorcer uma relação comercial que está apoiada em documentos. As palavras escritas não podem ser modificadas. Elas sim são muito claras. Não deixam dúvidas!
O caso
A mulher afirma que estava trabalhando no momento e montando a logística de deslocamento para o atacante e seu estafe na cidade, já que ele havia viajado aos Estados Unidos para ajudar a promover a nova linha esportiva de Michael Jordan.
Ao ficar sabendo do incidente, a corporação enviou o caso para o departamento de recursos humanos, que contratou o escritório de advocacia Cooley LLP para conduzir uma investigação sobre o tema. A análise foi iniciada em 2019, período em que a Nike parou de usar Neymar em campanhas de marketing, de acordo com documentos obtidos pelo WSJ.
No entanto, a empresa afirmou que o brasileiro não quis colaborar com as investigações, o que levou ao fim do contrato de patrocínio pessoal que ele tinha desde a adolescência.
“A Nike encerrou sua relação com o atleta porque ele se recusou a coperar de boa-fé em uma investigação com alegações confiáveis de irregularidades feita por uma funcionária da empresa”, disse Hilary Krane, conselheira-geral da Nike, ao Wall Street Journal.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Neymar negou as acusações.
“Neymar Jr. se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados caso alguma reclamação seja apresentada, o que não aconteceu até agora”, disse a porta-voz do atleta, que salientou que o rompimento entre o atacante e a companhia esportiva foi puramente por “razões comerciais”.
“Assim como nas acusações de assédio sexual feitas contra ele em 2019 (alegações nas quais a Justiça brasileira declarou Neymar Jr. como inocente), essas alegações são falsas”, completou.
Os advogados de Neymar também foram procurados pelo jornal, mas não quiseram completar.
O contrato entre o brasileiro e a Nike foi rompido em 30 de agosto de 2020, quando ainda restavam oito anos para o fim do vínculo.
Logo em seguida, o astro anunciou parceria com a alemã Puma, que é sua atual patrocinadora pessoal.
*Espn.