O jogador de futebol italiano Giovanni Padovani, 26, foi preso após matar a sua ex-namorada, Alessandra Matteuzi, 56, na última terça-feira (23). O crime aconteceu no prédio em que a vítima morava, localizado em Bolonha, na Itália. Na hora do ataque, a irmã da vítima, Stefania, ouviu as agressões por telefone.
Segundo informações divulgadas pela imprensa local, o jogador saiu da Sicília, onde atua pelo Sancataldese, time da série D, e foi até Bolonha para abordar Alessandra, que estava conversando no telefone com a irmã quando foi surpreendida pelo ex-namorado. Assim que Stefania percebeu o que estava acontecendo, ela chamou a polícia.
“Ela saiu do carro e começou a gritar: ‘Não Giovanni, não, eu te imploro, socorro.’ Eu estava ao telefone. Liguei imediatamente para os policiais, que chegaram logo. Moro a 30 km. Ele a espancou até a morte”, disse a irmã à emissora local TGR Emilia Romagna.
De acordo com informações repassadas à imprensa, Padovani chegou a usar um taco de beisebol e um banco de ferro forjado para bater na ex-namorada, que chegava em casa quando foi abordada. Apesar da ação policial ter sido rápida e de Alessandra ter chegado com vida ao hospital, ela não resistiu aos graves ferimentos.
Histórico conturbado
O relacionamento do casal, marcado por ciúme e comportamentos abusivos, durou em torno de um ano e terminou em janeiro de 2022. Mesmo assim, no fim de julho, Alessandra prestou queixa contra Giovanni por perseguição. Além disso, ela também alertou os vizinhos para que ele não pudesse mais ter acesso ao prédio em que ela morava.
“Ele exercia controle obsessivo sobre a vítima. Ele a mantinha sob controle à distância, muitas vezes pedindo que ela enviasse fotos e vídeos do local onde estava, as vezes a cada 10 minutos, movido por ciúme.
Em algumas situações também pediu que ela filmasse o horário de onde estava para verificar se estava falando a verdade”, revelou o advogado da família de Alessandra , Giampiero Barile , o jornal il Resto del Carlino.
Após o crime, a Ministra da Justiça, Marta Cartabia, determinou o início de uma investigação para apurar se houve negligência no caso por parte das autoridades, que não tomaram as medidas necessárias para proteger Alessandra, mesmo após ela ter denunciado o ex.
“Fizemos o que podíamos. O relatório de perseguição não destacou situações de risco concreto de violência, era apenas a conduta típica de perseguição incômoda”, declarou o promotor-chefe de Bolonha, Giuseppe Amato.