A família de Flávia Godinho Mafra, 24 anos, trocou a aflição pela dor do luto. Grávida, ela estava desaparecida há um dia quando foi encontrada, na sexta-feira (28), morta a tijoladas em uma fábrica de cerâmica, sem o bebê que carregava na barriga. O crime aconteceu na cidade de Canelinha (SC).
A principal suspeita do homicídio é Rozalba Grimm, amiga da vítima, que confessou ter sido a autora da ação. Ao jornal Correio Brasiliense, o delegado responsável pelo caso, Paulo Freyesleben e Silva, contou os detalhes do crime.
De acordo com ele, tudo começou quando a “amiga” da vítima a chamou para um chá de bebê que seria feito para ela, por amigas.
“Durante o trajeto, ela desviou e entrou numa cerâmica abandonada. Ali, se armou com tijolo e desferiu os golpes na cabeça da vítima, fazendo que ficasse inconsciente”, afirmou o delegado, em entrevista.
A vítima não desconfiou do “plano do chá de bebê” porque sabia que outras amigas iriam, no entanto, a suspeita do homicídio ligou para as convidadas e cancelou o evento, mas a grávida não sabia disso.
“Depois, de posse de um estilete, a suspeita confessa, abriu o abdômen da vítima e retirou a criança de seu ventre, indo para a via pública e simulando um parto espontâneo, natural, como se estivesse estourado a bolsa dela”.
Após fingir que havia parido o bebê, a suspeita do crime foi levada por populares a uma maternidade para que cuidassem da criança. No local, a equipe médica atendeu e estranhou quando viu cortes no corpo do recém-nascido, por isso chamou a polícia.
Ao chegarem no hospital, os agentes de segurança deteram a suspeita de homicídio e seu marido, que estava acompanhando-a no local.
Rozalba contou que havia engravidado em outubro de 2019 e perdido o bebê em janeiro deste ano, mas que escondeu da família. Oplano era fingir que o bebê da amiga era o seu.