Morreu nesta segunda-feira o locutor esportivo Januário de Oliveira, aos 81 anos, em Natal-RN. O narrador enfrentava há muitos anos problemas decorrentes da diabetes, entre eles a perda da visão. Ele esteve 11 dias internado e sofreu uma parada cardíaca em um hospital na capital potiguar, enquanto tratava de uma pneumonia.
Entre as frases mais conhecidas estão: “Tá lá um corpo estendido no chão”, “Tá aí o que você queria, bola rolando…”, “Cruel, muito cruel”, “Ele sabe que é disso, é disso que o povo gosta”, “Eeee o gol…”. Entre os apelidos colocados nos jogadores, muitos são repetidos até hoje, como: “Super Ézio”, “Anjo loiro da Gávea”, sobre o atacante Sávio, e “Ta, Te, Ti, To, Túlio…”.
Nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, Januário de Oliveira começou a trabalhar ainda na década de 1950 e ficou no ar até 1998, quando se viu obrigado a parar de narrar devido à cegueira causada pela diabetes. Mantinha em Natal, onde vivia com a família, alguns projetos de locução esportiva. No estado gaúcho, Januário trabalhou nas rádios Farroupilha e Cultura de Begé. No Rio, passou pelas rádios Mauá, Nacional e Globo.
Os grandes clubes do Rio de Janeiro lamentaram, por meio de suas redes sociais, a morte de Januário de Oliveira. “Tricolor de coração, Januário foi o porta-voz de muitas emoções vividas pelos nossos torcedores. O clube deseja muita força aos amigos e familiares”, escreveu o Fluminense.
“Com tristeza recebemos a notícia do falecimento de Januário de Oliveira, um dos grandes locutores esportivos que este país já teve e que marcou gerações. Desejamos muita força aos familiares e amigos neste momento”, comentou o Vasco.
O Botafogo exaltou a “grande voz do esporte, que embalou gerações e presenteou os amantes do futebol com narrações memoráveis”, e o Flamengo, para lembrar as “boas lembranças” publicou a narração de Januário do gol de Sávio, em um Fla-Flu de 1994.
*Estadão