Faleceu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos, Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento do Brasil. Ele estava internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
A causa da morte não foi divulgada pela assessoria de Delfim, que informou apenas que ele morreu “em decorrência de complicações no seu quadro de saúde”. Delfim Netto deixa uma filha e um neto. Não haverá velório aberto, e o enterro será restrito à família.
Delfim Netto foi um economista, professor e político com uma carreira marcada por sua atuação durante a ditadura militar brasileira. Ele esteve à frente do Ministério da Fazenda durante o período do “milagre econômico”, caracterizado por um grande crescimento do PIB, mas também por uma significativa concentração de renda no país.
Além disso, Delfim foi um dos signatários do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que endureceu o regime militar e ampliou a repressão a opositores.
Após o regime militar, Delfim se elegeu deputado federal por São Paulo, cargo que exerceu por 20 anos. Ele também manteve uma relação próxima com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo nomeado membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) durante o segundo mandato de Lula.
Delfim Netto também teve uma longa carreira acadêmica, sendo professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), onde desenvolveu pesquisas no campo do desenvolvimento econômico.
Nos últimos anos, seu nome foi envolvido em investigações da Operação Lava Jato, acusado de receber propinas relacionadas à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Delfim sempre negou as acusações, alegando que os valores recebidos eram referentes a serviços de consultoria.
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