O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira o pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson. Atualmente internado em um hospital no Rio de Janeiro para tratamento médico, Jefferson teve sua prisão preventiva decretada em outubro do ano passado, sob acusações de oferecer resistência armada ao cumprimento de mandado de prisão emitido pelo próprio ministro.
O pedido de liberdade buscava substituir a prisão por medidas cautelares, argumentando a necessidade de tratamento médico contínuo para o líder do PTB. No entanto, Moraes destacou a gravidade das acusações contra Jefferson, afirmando que as condutas sob análise são “gravíssimas e violam intensamente os direitos protegidos pela lei”.
A prisão do ex-deputado ocorreu no contexto de um vídeo publicado por Jefferson nas redes sociais, no qual proferiu ofensas verbais à ministra Cármen Lúcia. Durante a operação de prisão conduzida pela Polícia Federal, Jefferson efetuou disparos de fuzil e lançou granadas contra os policiais presentes, resultando em seu indiciamento por quatro tentativas de homicídio. Em novembro, Moraes autorizou visitas de familiares ao hospital onde Jefferson está detido.
A defesa do ex-deputado havia solicitado a conversão da prisão em domiciliar, alegando a necessidade de serviços de fisioterapia e nutrição. No entanto, em sua decisão, Moraes seguiu o parecer da sub-Procuradora-Geral da República, Lindôra Araújo, que argumentou que Jefferson violou medidas cautelares e possuía um “arsenal bélico” em sua residência. A sub-PGR destacou que todas as questões relacionadas à saúde de Jefferson estão sendo devidamente analisadas.
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