Moradores da comunidade de Parque das Cachoeiras, em Brumadinho (MG), afirmam que nunca receberam orientações da Vale com relação a possíveis riscos da barragem instalada no município ou planos de fuga e de evacuação em caso de acidentes.
No último dia 25/1, a barragem Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu. Até o momento, as autoridades contabilizam 121 mortos, com 93 corpos identificados. Há ainda 226 desaparecidos e 395 pessoas localizadas.
De acordo com o programador e empresário Mário Lúcio Fontes Pato, 64 anos, em nenhum momento houve instrução aos moradores do que fazer em caso de rompimento.
“Absolutamente nenhum tipo de informação. Se a sirene tocar, você corre pra lá, corre pra cá ou fica dentro de casa, por exemplo. Nem eu nem ninguém recebeu treinamento. Se existia um plano de contingência era no papel, na Vale”, destacou o morador.
Ele afirma que recebia, mensalmente, panfletos da mineradora explicando ações como a instalação de centros de saúde. Não houve, entretanto, informações ou treinamento para situações de emergência.
Mulher de Mário Lúcio, Sandra Maria da Costa, 59 anos, reforça a falta de instruções por parte da Vale. “O único alerta que tivemos foi quando, há alguns meses, eles vieram fazer medições. Nunca tivemos aviso sobre riscos”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil